Diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue. Durante a gravidez, mesmo mulheres que nunca tiveram a doença à desenvolvem. Trata-se do diabetes gestacional, doença que atinge entre 2 e 4% das gestações e, se não for controlada, gera complicações à saúde da gestante e do bebê.
Segundo a Dra. Ana Maria Morato Gagliardi, ginecologista da Scope, as mudanças hormonais decorrentes da gestação reduzem a ação da insulina, resultando no aumento das taxas de glicose no sangue da mãe. “Se as taxas de glicose ficam persistentemente elevadas, o bebê tende a crescer mais que o normal, o que acarreta um parto prematuro”, explica. Além de macrossomia fetal, o bebê pode ter hipoglicemia neonatal, além de maior chance de desenvolver obesidade e diabetes futuramente.
O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer paciente grávida. São fatores de risco: idade materna avançada, Síndrome do Ovário Policístico, ganho de peso excessivo na gestação, obesidade e sobrepeso, hipertensão, histórico familiar de diabetes e gravidez de gêmeos.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico costuma ser feito entre as 24ª e 28ª semanas, quando alterações metabólicas afetam a ação da insulina. Entre os exames que permitem detectar níveis alterados estão os de glicemia de jejum e de curva glicêmica. “O pré-natal adequado e o cuidado da gestante possibilitam uma gravidez tranquila e saudável para a mãe e o bebê”, afirma a Dra. Ana Maria.
O controle da doença é baseado em dieta balanceada, exercícios físicos regulares (quando não há contraindicação) e acompanhamento da curva glicêmica. Doces e carboidratos serão evitados, visando o controle da taxa de açúcar e do peso. Se essas medidas não forem suficientes, será indicado o tratamento com insulina, que não faz mal para o bebê.
Após o parto, é importante que a paciente passe por avaliações regulares. O diabetes gestacional é um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
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