Miomas são tumores sólidos benignos, formados a partir da parede uterina que é constituída de músculo. A incidência ocorre em 45 a 50% das mulheres na idade fértil. São mais frequentes em mulheres de 30 a 40 anos. São raros os casos que surgem na Menarca ou na Pós Menopausa. A maior prevalência ocorre entre mulheres afro-descendentes.
Os Miomas podem estar presentes em diferentes localizações do útero e podem ser únicos ou múltiplos. São classificados em: Submucosos, Subserosos, Intramurais.
Submucosos – Miomas que crescem para dentro da cavidade uterina.
Subserosos – Miomas que crescem para o lado de fora da cavidade uterina.
Intramurais – Miomas que crescem no meio da parede uterina.
Múltiplos – Miomas com componentes intramural/submucoso, intramural/subseroso.
A patogenia dos Miomas ainda é obscura, mas já se sabe que uma mutação genética acontece em uma célula de musculo liso, então surge o mioma.
Como fatores predisponentes podemos citar:
• Antecedente familiar (que possui caso de Mioma na família);
• Obesidade;
• Início precoce da puberdade;
• Produção excessiva ou administração de estrógenos (os miomas têm crescimento estimulado pelos estrógenos).
As pacientes que possuem miomas podem se queixam de um ou mais sintomas como:
• Cólicas menstruais;
• Fluxo menstrual abundante;
• Fluxo menstrual contínuo
• Anemia, depressão, queda de cabelo, pele mais seca;
• Dor na relação sexual;
• Sangramento na relação sexual;
• Compreensão da bexiga, quando volumosos, e dor ao urinar;
• Sintomas intestinais e dor para evacuar;
• Infertilidade.
Em geral, o diagnóstico dos Miomas baseia-se na história clínica, exame físico e exames de imagem: ultrassonografia e ressonância magnética. Nos casos de Miomas submucosos, estes são melhores avaliados e diagnosticados através da videohisteroscopia diagnóstica.
O tratamento cirúrgico do mioma uterino é considerado de acordo com as características de cada caso. A decisão leva em conta além do desejo de uma futura gestação, o tamanho, a localização e o número de miomas.
A conduta cirúrgica pode ser conservadora, quando apenas o mioma é retirado (miomectomia) ou radical, quando realizamos a retirada do útero (histerectomia).
A miomectomia é realizada por videolaparoscopia nos miomas que crescem no meio da parede uterina (intramurais) ou da parede para fora (subserosos).
Já nos miomas que crescem para dentro da cavidade uterina (submucosos), utilizamos a videohisteroscopia cirúrgica para retirá-los.
Diretora Técnica Responsável pela SCOPE Ginecologia Mini Invasiva:
Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi – CRM-SP 30293 / RQE 8614 e 8615
DIRETORA TÉCNICA RESPONSAVEL
Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi – CRM-SP 30293 – RQE 8614 / 8615
