Este artigo é para você que tem dúvida de como a Videohisteroscopia investiga alterações intra-uterinas.
Primeiramente nem todas as alterações que acometem o útero podem ser esclarecidas por exames ginecológicos de rotina. Dessa forma, quando recursos diagnósticos de maior acurácia são necessários para investigar certas doenças e fenômenos como sangramentos anormais, abortamentos ou infertilidade, o ginecologista pode solicitar uma videohisteroscopia diagnóstica.
Segundo Dra. Ana Maria Morato Gagliardi, este exame endoscópico permite verificar sob visão direta a face interior do útero e alterações com precisão, bem como realizar diagnósticos comprovatórios de tumores (pólipos e miomas) e descartar outras patologias, inclusive malignas, independentemente da idade da paciente.
“A ultrassonografia transvaginal e pélvica nos informa alterações estruturais-anatômicas na pelve, revelando deformidades intrauterinas que podem ser esclarecidas na videohisteroscopia diagnóstica, exame que permite uma visão direta e macroscópica da lesão, revelando sua morfologia, vascularização, localização, tamanho e quantidade”, afirma.
A seguir, a Dra. Ana conta em detalhes o passo a passo deste exame minimamente invasivo, que é uma das especialidades da Scope.
O que é e para que serve a videohisteroscopia?
A videohisteroscopia diagnóstica é uma endoscopia do útero por meio da qual avaliamos o canal endocervical, assim como a cavidade uterina, os óstios tubários e o endométrio (tecido que reveste o útero).
É um procedimento simples, de fácil execução, que oferece acurácia e precisão no diagnóstico. É realizado por meio de uma óptica muito delicada, acoplada em um sistema de vídeo, que oferece uma imagem real do interior do útero.
Como o exame é feito e quanto tempo dura?
Primeiramente o exame é realizado por um médico devidamente capacitado, em ambiente ambulatorial. Tem rápida duração, de 5 a 10 minutos, é praticamente indolor e a paciente pode retornar às suas atividades diárias habituais logo após realizá-lo.
Primeiramente, com a paciente em posição ginecológica, realizamos um exame de toque vaginal seguido da colocação de espéculo e assepsia da vagina.
Em seguida, introduzimos através do canal vaginal o histeroscópio, que é uma óptica com diâmetro de aproximadamente 3 mm, acoplada a uma câmera com emissor de luz. O videohisteroscópio percorre o interior do útero mostrando todo o trajeto cervical, a cavidade uterina, os óstios tubários, o endométrio e a identificação da patologia existente, oferecendo visão direta e real em um monitor.
Como é o preparo? A anestesia é necessária?
Na Scope, orientamos nossas pacientes a seguir um protocolo prévio à realização do exame: a paciente não deve estar menstruada ou na vigência de sangramento; e não pode apresentar corrimento vaginal e/ou infecção ginecológica.
O procedimento não requer anestesia e, como preparo, orientamos o uso de um analgésico uma hora antes. Além disso, a paciente não deve estar em jejum e tampouco realizá-lo imediatamente após a refeição.
O exame é contraindicado para gestantes e mulheres que passaram por cirurgia uterina recente (menos de três meses de uma cesariana ou miomectomia, por exemplo).
Quais problemas a videohisteroscopia pode diagnosticar ou acompanhar?
As imagens fornecidas pela videohisteroscopia nos permitem avaliar inúmeras patologias intrauterinas, como: pólipos, miomas submucosos, espessamento endometrial, alterações que comprometam a fertilidade, restos ovulares, algumas causas de abortamento habitual, DIU “perdido”, entre outras.
Algumas pacientes nos procuram, por exemplo, com queixa de sangramento irregular, aquele “pinga-pinga” pré ou pós-menstrual. O ultrassom e os hormônios estão normais e, pela videohisteroscopia, sob visão direta, identificamos lesões e alterações como espessamento polipoide e sinéquias, que são espécies de cicatrizes fibrosas que deformam a cavidade uterina e podem causar sangramento uterino anormal, dificultar a implantação do embrião no útero e até levar a aborto.
Como disse, é um exame que causa pouco desconforto e que auxilia muito o diagnóstico e a orientação do tratamento a ser seguido.
Qual a relação entre videohisteroscopia e câncer de mama?
A paciente com câncer de mama sob o uso de terapia endócrina coadjuvante com o tamoxifeno pode sofrer alterações endometriais em decorrência da medicação. Essas alterações merecem atenção e acompanhamento regular, daí a relação com a videohisteroscopia, que nos ajuda muito no diagnóstico e acompanhamento.
Na Scope, realizamos este exame há 30 anos, o que nos proporciona larga experiência tanto na execução como na avaliação diagnóstica, sempre através de técnicas modernas e minimamente invasivas.
Para mais informações, entre em contato e agende uma consulta online ou pelo telefone (11) 3849-1818.
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