A sífilis congênita está de volta e requer atenção

As taxas de sífilis congênita, quando a doença é transmitida verticalmente da gestante para o feto, vêm aumentando assustadoramente. Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o número de casos nos Estados Unidos mais que dobrou em quatro anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a doença afeta quase 1 milhão de gestantes anualmente em todo o mundo.

No Brasil, observa-se um aumento constante na notificação de casos de sífilis em gestantes, congênita e adquirida – o qual pode ser atribuído, em parte, ao acesso a testes rápidos, aumento de cobertura de testagem, redução do uso de preservativos, resistência dos profissionais de saúde em prescrever penicilina, além do desabastecimento mundial de penicilina.

Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, foram notificados 24.666 casos de sífilis congênita no país em 2017, o que significa um aumento de 16,4% em relação ao ano anterior. Em gestantes, a detecção subiu 28,5%, saltando para 49.013 casos.

No período entre 2010 e 2017, a incidência de sífilis congênita aumentou 3,6 vezes, passando de 2,4 para 8,6 casos por mil nascidos vivos. A população mais afetada pela doença são as mulheres, principalmente as negras e jovens, na faixa etária de 20 a 29 anos.

Diante dos números alarmantes, é importante para todos os ginecologistas e profissionais da saúde a conscientização da volta desta DST, que pode ser evitada com o uso de preservativo nas relações sexuais. “Devemos priorizar a prevenção sempre que possível, e o tratamento adequado, quando necessário”, afirma a Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi, ginecologista da Scope.

A sífilis congênita ocorre pela passagem transplacentária da bactéria Treponema pallidum, em qualquer estágio da doença e em qualquer fase da gestação.

O desenvolvimento da doença no feto resulta de uma reação imunológica fetal que produz alterações mais intensas na segunda metade da gestação. Hepatomegalia, anemia, edema generalizado, aborto e morte do recém-nascido podem ocorrer. “Se não tratada, há 80% de risco de a mãe transmitir sífilis para o seu bebê”, alerta a Dra. Ivani.

Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal. Felizmente, o diagnóstico e o tratamento imediato em geral são curativos. A droga de escolha na gravidez é a penicilina benzatina.

A Scope atua no diagnóstico e tratamento de patologias ginecológicas através de técnicas modernas e minimamente invasivas. Entre em contato e agende a sua consulta online ou pelo telefone (11) 3849-1818.

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