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Uma doença ginecológica crônica provocada pelas células do endométrio.
Esse quadro ocorre quando parte do tecido endometrial (que em seu funcionamento normal é expelido durante a menstruação) retorna para dentro do organismo e migra diretamente para órgãos da cavidade pélvica, ou mais distantes. Os órgãos podem ser, por ex, ovários, tubas, intestino e bexiga.
Nessas condições as células endometriais voltam a se multiplicar e a sangrar. Isso causa dor, desconforto, distensão abdominal e até mesmo complicações na vida reprodutiva da mulher.
Mulheres, na idade reprodutiva dos 18 aos 45 anos. A doença depende do hormônio estrogênio para crescer, esse hormônio tem taxas altas no período reprodutivo. Por esse motivo a endometriose não existe antes da primeira menstruação e após a menopausa quando o estrógeno é muito baixo. As causas ainda não são completamente conhecidas. Mas estudos revelam que filhas e irmãs de portadoras de endometriose podem ter maiores chances de desenvolver essa patologia durante a fase reprodutiva, ou seja existe causa genética.
Portadoras da Endo se queixam de:
• Cólicas menstruais intensas;
• Aumento no fluxo menstrual;
• Dor pélvica;
• Dor na região lombar;
• Desconforto no momento da relação sexual;
• Alterações intestinais durante o período menstrual;
• Aumento do fluxo urinário (mais idas ao banheiro);
• Dificuldade para engravidar;
• Infertilidade;
• Podem também não ter queixa, e a doença ser um achado de exame.
Saiba mais sobre os sintomas clicando aqui
Ponto curioso é que a Endometriose é responsável por 50% dos casos de infertilidade em todo o Mundo.
Primeiro passo: levar a sua queixa ao ginecologista. O especialista vai analisar seus sintomas e sinais como: cólica menstrual muito intensa, eventualmente diarreia ou dificuldade para evacuar, abdômen inchado no período menstrual, sangramento anormal, dor na relação sexual, alterações urinárias na menstruação etc.
Em seguida o primeiro exame que se faz é o exame clínico ginecológico. Durante o processo serão pedidos alguns exames laboratoriais e de imagem. A Ultrassonografia com preparo intestinal (que ajuda a identificar os focos de endometriose) é o exame padrão ouro para esses casos.
Além da Ultrassonografia, pode ser solicitado também a Ressonância Magnética para somar a investigação da doença.
Lembrando que: na fase inicial do quadro de endometriose pode haver dificuldade para se obter o diagnóstico com os exames citados acima. Nesses casos o quadro clínico da paciente (os sintomas citados) é levado em consideração para que o ginecologista pense em endometriose, e investigue.
É bom frisar que quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais fácil e efetivo será o tratamento
Importante deixar claro que a endometriose não tem cura, mas ela tem controle e tratamento e quando controlada a doença, a mulher pode viver normalmente, sem dores e com grandes chances de engravidar.
O tratamento da Endometriose pode ser clínico ou cirúrgico.
No caso do tratamento clínico existem pílulas contraceptivas, contraceptivos só com progestágeno (tipo de hormônio), além de medicações anti-inflamatórias, medicamentos injetáveis, entre outros. Quando bem combinados, e mediante acompanhamento médico indicado, esses medicamentos podem auxiliar no controle dos sintomas.
DIU com progesterona é um dos métodos mais utilizados para controlar a dor causada pela doença.
O tratamento cirúrgico ocorre quando estamos frente a uma endometriose mais grave. isso se aplica à endometriose profunda que alcança tecidos mais profundos, de modo geral trata-se de endometriose com maior tempo de evolução, isso causa aumento de densidade nos tecidos e pode ser encontrada na ultrassonografia e ressonância magnética.
Videolaparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva considerada padrão ouro, pois apresenta os melhores resultados no tratamento da endometriose.
Método usado para ressecar focos e nódulos de endometriose, retirar endometriomas ovarianos, lesões infiltrativas de bexiga, reto, vagina e ureter.
Já o estadiamento da doença é feito quando se faz a videolaparoscopia; a endometriose pode ser classicamente classificada como mínima, leve, moderada e severa.
À partir desta classificação adotamos para os casos mais graves, no pós operatório, tratamento medicamentoso complementar.
Diretora Técnica Responsável pela SCOPE Ginecologia Mini Invasiva:
Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi – CRM-SP 30293 / RQE 8614 e 8615
DIRETORA TÉCNICA RESPONSAVEL
Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi – CRM-SP 30293 – RQE 8614 / 8615
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