Saiu uma pesquisa sobre endometriose, doença que afeta entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva, que ainda não tem sua causa conhecida pela medicina. Recentemente, o estudo publicado na “Scientific Reports” associou a doença ao possível desequilíbrio bacteriano, abrindo novos caminhos para a busca da cura e de métodos preventivos.
Conduzida por especialistas da Faculdade de Medicina de Koc, na Turquia, a pesquisa avaliou a flora bacteriana vaginal, cervical e intestinal de 28 mulheres. Sendo metade delas com endometriose (de moderada a grave) e outra metade sem a doença.
Em todas as amostras, a composição da microbiota foi similar. No entanto, a ausência de certas espécies e a presença aumentada de outras nas amostras das portadoras de endometriose apontam que o desequilíbrio bacteriano pode estar associado à doença. Segundo os pesquisadores, estudos adicionais são necessários para identificar se tal desequilíbrio é causa ou consequência da endometriose – que, como já se sabe, também afeta o sistema imunológico feminino.
ENDOMETRIOSE RELACIONADA A MENSTRUAÇÃO RETRÓGRADA
Além da hipótese bacteriana, que é reforçada por pesquisa brasileira sobre a relação da bactéria Mycoplasma genitalium e o agravamento do processo de tolerância imunológica, acredita-se que a causa da endometriose também pode estar associada a menstruação retrógrada e a fatores genéticos.
A endometriose é uma doença ginecológica estrógeno-dependente caracterizada pela implantação de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Os sintomas mais comuns são: cólicas menstruais progressivas, dor durante a relação sexual e dificuldade para engravidar.
O tratamento alivia os sintomas e controla a progressão da doença. Em geral, quando o diagnóstico é feito logo no início, pode ser medicamentoso, com uso de anticoncepcionais ou dispositivo intrauterino hormonal. Em casos mais graves, pode provocar nódulos retrouterinos e aderências, sendo necessária cirurgia por videolaparoscopia – procedimento minimamente invasivo que retira as lesões e viabiliza uma recuperação mais rápida da paciente.
Vale lembrar que passar por consultas regulares com o ginecologista e realizar exames preventivos periodicamente são fundamentais para manter a saúde em dia.
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