O mioma uterino ou leiomioma uterino é um tumor benigno composto quase que em sua totalidade de músculo uterino que pode crescer dentro ou fora do útero, podendo alterar o seu formato à medida que se desenvolve. É muito comum que ele permaneça estável por um longo período de tempo e de repente cresça e dobre sua estrutura em poucos meses. É mais comum a partir de 35 anos e em pessoas da raça negra.

Ainda não é possível precisar a causa, o que se sabe é que a progesterona e o estrogênio influenciam no desenvolvimento do mioma. É comum durante a menopausa, com a queda de hormônios estrogênios, que o mioma diminua ou até desapareça, já durante a gravidez a tendência é aumentar. O que se pode classificar como fator de são: idade, histórico familiar, origem étnica e obesidade.

Cerca de 75% das mulheres pode ter mioma, a metade delas não apresenta sintoma. Os principais desconfortos que ocorrem à medida que o mioma se desenvolve, podem ser: menstruação irregular e prolongada, podendo levar a anemia, cólicas, sangramento entre uma menstruação e outra, dores abdominais, na relação sexual e problemas do trato urinário (vontade de urinar frequente, cistite e infecções urinárias recorrentes).

O diagnóstico geralmente é feito através de imagens ultrassonográficas ou videohisteroscopia diagnóstica, em casos em que o mioma aumenta o tamanho do útero ou seu relevo um exame de toque ginecológico rotineiro pode detectar.

Não existe um medicamento que faça o mioma desaparecer, alguns remédios conseguem impedir o crescimento e até reduzir o seu tamanho temporariamente, mas os efeitos colaterais associados a esta medicação não permite o uso prolongado. A intervenção cirúrgica pode ser convencional ( aberta) quando os miomas são muito grandes > 10cm . Mas na maioria dos casos a cirurgia mini invasiva,  videohisteroscopia ,  videolaparoscopia ou robótica  pode ser utilizada, proporcionando melhores resultados e melhor recuperação pós operatória.

O tratamento cirúrgico do mioma é considerado de acordo com as características de cada caso e idade da paciente.

Pode ser radical quando se tira o útero (histerectomia), ou conservador quando retiramos  os miomas (miomectomia).

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