Ainda pouco conhecida pela população, a Mycoplasma genitalium (MG) é uma bactéria transmitida por contato sexual desprotegido. Assim como bactérias mais comuns, como a da clamídia e gonorreia, ela pode provocar infecções ginecológicas nas mulheres e uretrite nos homens. Se não tratada, pode progredir e causar inflamações no útero e nas trompas, além de complicações como doença inflamatória pélvica (DIP) e infertilidade.
Nem sempre a doença manifesta sintomas, ou seja, é possível ser portadora da bactéria e não saber. Quando os sintomas aparecem, os mais frequentes são ardor ao urinar, corrimento e dor durante a relação sexual.
Em meados de 2018, o aumento do número de casos de Mycoplasma genitalium na Europa alarmou a comunidade médica. Noticiou-se que se tratava de uma superbactéria resistente a antibióticos. No entanto, ao que tudo indica, a ineficácia do tratamento está associada a diagnósticos imprecisos – e, por consequência, ao uso equivocado de um grupo de antibióticos comuns, aos quais o microrganismo de fato apresenta maior resistência.
Diagnóstico e prevenção
No Brasil e no mundo, não é simples diagnosticar a Mycoplasma genitalium. Isso porque, além de pouco comum, ela não é detectada nos exames de rotina. Em caso de suspeita da doença e com base no histórico clínico da paciente, o médico solicitará um exame chamado PCR, que identifica a estrutura molecular da bactéria. Assim, uma vez confirmada a suspeita, inicia-se o tratamento direcionado com o antibiótico adequado. “Os parceiros sexuais expostos e potencialmente afetados também devem passar por consulta com o especialista e, caso necessário, tomar a medicação”, afirma a Dra. Ivani Pires de Andrade Kehdi, ginecologista da Scope.
Para evitar o risco de infecção e uma eventual complicação, o melhor caminho continua sendo a prevenção. “O uso do preservativo é indispensável para se prevenir de DSTs, inclusive da Aids e da sífilis, doenças cuja incidência vem crescendo no Brasil”, lembra a Dra. Ivani. Para pessoas com vida sexual ativa e diversos parceiros, é recomendável o rastreamento periódico de infecções. Mesmo sem apresentar sintomas, portadores de DSTs podem transmiti-las aos seus parceiros, o que gera uma perigosa cadeia de transmissão.
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